Ser um thought leader em 2023 vai significar também ser capaz de apresentar suas ideias de maneira clara, concisa e envolvente, seja por meio de conteúdo escrito, vídeos ou outras formas de mídia.
No final dos anos 90, Joel Kurtzmann, um editor de uma pequena revista de negócios reunia uma seleção criteriosa de artigos de pessoas extraordinárias. Nas palavras dele, eram “os executivos, escritores e pesquisadores mais inovadores do mundo, distintos em seus campos de atuação”.
A revista era de uma consultoria de negócios chamada Booz & Company, criada por uma empresa homônima – que em 2014 foi comprada e incorporada pela PwC. Pouco importa para a gente que, depois de um rebranding a empresa passou a se chamar de Strategy&.
O que realmente marcou o mundo corporativo foi o termo que Kurtzmann usou para nomear essa elite intelectual do mundo dos negócios: ele os definiu como Thought Leaders, ou, em português, Líderes de Pensamento.
De 1990 pra cá, esse termo se popularizou, especialmente em mercados como Estados Unidos e Reino Unido. Liderança de Pensamento é hoje um termo usado para descrever os insights e conhecimentos exclusivos que uma empresa oferece em um tópico específico. Isso pode assumir a forma de pesquisa, análise, opinião ou outras formas de conteúdo projetadas para educar, informar e inspirar outras pessoas.
Em essência, liderança de pensamento é uma postura de compartilhar seu conhecimento e experiência com outras pessoas de uma forma que agregue valor à conversa e promova algum avanço no setor em que você atua.
A lógica é simples: ao compartilhar seus pensamentos e ideias, você pode ajudar a elevar o nível do diálogo e impulsionar a mudança nas outras pessoas do seu mercado.
Um dos principais benefícios da liderança de pensamento é que, se usada como matriz metodológica para uma estratégia de marketing, ela pode ajudar a estabelecer você ou sua empresa como uma fonte confiável de conhecimentos sobre um determinado tópico.
E a confiança importa. E muito.
Isso pode ser especialmente valioso na era digital de hoje, onde há uma grande quantidade de informações disponíveis ao nosso alcance e pode ser difícil para qualquer ser humano diferenciar um conteúdo valioso e relevante de algo mais superficial. Infelizmente, as vezes perdemos mais tempo procurando um conteúdo de alto nível e de uma fonte confiável, do que efetivamente o consumindo.
Essa quantidade imensa de informação não favorece a construção de conhecimento – que nada mais é do que a informação sendo testada e colocada em prática. Por isso que acredito que vivemos na Era da Informação, e não do Conhecimento – imagino que, a cada desafio de dublagem do TikTok ou selfie postada “de braços cruzados em posições de poder”, a gente se distancie mais ainda de chegar lá, pela efemeridade e superficialidade desses conteúdos.
Entretanto, a minha perspectiva sobre a Era da Informação não é pessimista. Eu acredito que é aí que entram os Thought Leaders. São eles a ponte que conecta uma audiência dispersa, confusa e ansiosa, com soluções reais e práticas criadas por suas empresas. Pelo menos é o que a minha consultoria, a Oversize, tem aprendido de 2011 pra cá. Os Thought Leaders não são apenas influenciadores digitais, tampouco somente bons executivos.
Na nossa experiência, esses líderes reúnem quatro competências essenciais, batizadas de S.T.A.R. em nossa metodologia autoral:
▪️Sabedoria: a combinação de formação técnica, experiência de mercado e didática corporativa;
▪️Talento: a realização de projetos de forma extraordinária, única e especializada;
▪️Atitude: uma perspectiva empreendedora de expor suas ideias, correr riscos e expandir sua rede;
▪️Reputação: um reconhecimento pela sua capacidade de transformar, educar e inspirar pessoas.
Para a gente, ser uma “estrela no seu mercado” não é sobre chamar a atenção por conta de quem você é ou que você faz. Isso conta também, é claro.
Mas o coração da estratégia está em outro lugar: na soma do que você sabe, com o que é capaz de ensinar.
Isso significa que não adianta saber muito, e não ter didática e clareza para levar seu conhecimento adiante. Como também de nada serve ser um excelente comunicador, com uma mensagem superficial, sem método ou experiência vivida.
E é por isso que a responsabilidade de cada um de nós que decide produzir e distribuir conteúdo aumentou demais nos últimos anos. Da época que comecei meu primeiro blog de negócios, em 2010, até os dias de hoje, absolutamente todo ambiente de criação e consumo de conteúdo se transformou.
A boa notícia é que ambos aspectos podem ser desenvolvidos, aprimorados e treinados. Acredito, de verdade, que o mercado de thought leadership vem evoluindo para um estágio melhor.
Temos mais acesso do que nunca tivemos à mente de pessoas extraordinárias, verdadeiros thought leaders. Seja comprando seu livro na Amazon, ouvindo seu podcast pessoal, aprendendo seu método pelo seu curso on-line ou contratando uma palestra dessas admiráveis pessoas, conseguimos algum nível de acesso, de acordo com o tamanho do nosso bolso e formatações disponíveis para compra. O nicho de info produtos, somado ao de consultoria, coaching e mentoring, saltou da casa dos milhões para bilhões de reais nos últimos 10 anos.
Todo esse movimento fez o mercado subir alguns degraus também, exigindo dos líderes uma visão profissional para seu “eu ponto com”. Por outro lado, o setup de tecnologias que é necessário para esse negócio está a cada dia mais barato (muitas vezes gratuito), mais acessível e veloz (em apps).
Então por que Thought Leadership ainda não é trend topic e pauta de destaque em eventos de marketing e negócios?
Eu acredito que a própria definição original de Líderes de Pensamento de Krutzmann pode explicar: talvez essa visão de elite intelectual tenha criado uma distância tão grande dos líderes para a audiência, que pouco tem sinergia com o relacionamento atual de influenciadores corporativos com seus seguidores.
A postura altruísta de um thought leader o coloca como educador, como um ouvinte e, principalmente, como alguém capaz de dialogar e argumentar com opiniões favoráveis e até diferentes das que ele tem. Afinal, o debate é o principal motor do desenvolvimento de um campo do conhecimento. É fundamental que haja pensamento crítico e opiniões divergentes para que também haja evolução.
E é por essa visão compartilhada de um thought leader que pratica um marketing altruísta que nós na Oversize seguimos em 2023 construindo projetos de Estratégia e Execução para nossos líderes. Seguimos defendendo que é com a entrega do nosso conhecimento que conseguimos obter mais reconhecimento. E nessa ordem, onde o plantio sempre vem antes da colheita.
Caso queira continuar a conversa comigo sobre um projeto para sua empresa, construímos o Sky, uma simpática inteligência artificial, que é a host do game de negócios original Oversize, chamado Skywalkers.
▪️ Jogue comigo em skywalkers.com.br e construa um projeto de Liderança de Pensamento para a sua empresa em 2023.
— Christian H. Mendes é Estrategista de Liderança de Pensamento, Relações Públicas e Mentor de Comunicação Organizacional. Desde 2011, a frente da Oversize Thought Leadership construiu 90 planos estratégicos de marketing para empresas, 750 planos de negócio pessoais para líderes de pensamento e já facilitou cursos para quase 2.000 alunos.